segunda-feira, 16 de julho de 2012

Querido desconhecido...

Escrevo a você, que um dia vai ser o grande amor da minha vida, assim como todos os outros que passaram por minha história em algum momento o foram... Sei que vamos nos encontrar e olhares vão se cruzar, palavras soltas serão as armas da sedução, ficaremos atados nesta rede de palavras e sentimentos arrebatadores. E a curiosidade por aquele que mal conhecemos vai nos rondar, atordoando mais ainda nossas cabeças e corações.

Beijos serão trocados, carícias compartilhadas. Nossos corpos se entrelaçarão. Músicas, filmes, telas, versos e fotografias vão fazer uma espécie de elo, ligando nossos momentos mais intensos, os quais lembraremos com um grande sorriso estampado no rosto.

A convivência vai se instaurar. Adoraremos as manias estranhas um do outro. Saberemos a posição exata que o outro se agarra ao travesseiro para dormir. Na primeira vez que formos dormir juntos, não dormiremos... ambos irão fingir, fechando os olhos e, apenas prestando a atenção na respiração daquele corpo estirado na cama, como se aquele som baixinho fosse a mais bela sinfonia já ouvida.

Por fim, vai chegar um momento em que suas manias vão me irritar, que o som da sua voz vai soar como notas musicais sem sentido e mal organizadas. Vai chegar um momento em que tudo o que me encantava em você vai desmoronar e, num piscar de olhos, você vai deixar de ser o amor da minha vida, assim como todos os outros, em algum ponto o deixaram de ser. Ou, pode até ser que toda esta agonia sentimental venha a partir inicialmente de você, vai saber...

Então um de nós colocará um ponto final nesta história com um belo início. Será nesse momento que vou perceber, mais uma vez, que não existem amores para toda a vida, existem amores para os momentos e, novamente começarei minha busca pelo próximo desconhecido, aquele que seja, na verdade, o amor para todos os meus momentos.

Querido desconhecido, nos vemos em algum lugar no futuro, quando você me mostrará a veracidade ou não desta minha teoria.

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